Data de publicação: 21/05/2015

Mulher

Sintrivest participa do 16º Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora

No domingo, 22 de março, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc), em Itapema (SC), foi realizado o 16º Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora.

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Sintrivest participa do 16º Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora
No domingo, 22 de março, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc), em Itapema (SC), foi realizado o 16º Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), organizou uma comitiva e prestigiou o evento, representado por mais de 30 mulheres.
“Nós podemos nos considerar grandes guerreiras. Mas, infelizmente, ainda temos pouca representação na política. Eu ainda tenho esperança neste equilíbrio e acredito que eventos como este também nos estimulem na reflexão sobre o futuro que desejamos para nossa vida e para o país. Precisamos de menos ódio e de mais amor. Este é o único sentido da vida”, disse, na oportunidade, a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
Com o tema “Eu escolhi me amar”, o evento tinha o objetivo de sensibilizar as mulheres para a importância do amor próprio e para a consciência de luta por uma sociedade mais igualitária. “Há 16 anos realizamos este encontro, mas a realidade que consideramos ideal ainda parece estar longe de ser alcançada. O fato é que só teremos uma sociedade democrática e livre quando as mulheres expandirem a participação na política e no movimento sindical”, avalia o presidente da Fetiesc, Idemar Martini.
Também estava no encontro o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI), José Calixto Ramos e a secretária do Departamento da Mulher na entidade, Sônia Zerino.
Programação
O 16º Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora começou com muitas gargalhadas, através de um show de humor do “Manézinho da Ilha”, Darci. Ele fez graça de comportamentos típicos femininos e dos reflexos, às vezes negativos, na vida dos homens.
Depois, o papo ficou mais sério, com a presença da Delegada do Piauí, Vilma Alves. O Estado registra o menor índice de homicídios e outras formas de violência contra a mulher graças a um trabalho muito bem articulado, que age de imediato e pune com eficiência os criminosos.
“Na década de 1980 iniciei viagens pelo Brasil, conhecendo a realidade das mulheres. Depois disso, com a fé que tenho, posso concluir que não fomos feitas da costela de um homem. Nós, mulheres, somos o ideal de Deus”, afirma.
A delegada lembrou das conquistas femininas ao longo dos anos. No Brasil, a primeira veio em 1932, com o voto. Embora as mulheres ainda não pudessem ser candidatas. O que pôs fim à divisão de gêneros e, enfim, disse que homens e mulheres são iguais foi apenas a Constituição de 1988. Só a partir daquele momento a mulher passou a viver com a certeza do direito que tem á liberdade, dignidade e respeito.
Hoje, no Piauí, Vilma lidera a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e mantém rédeas curtas no tratamento de homens violentos. Dorme com o celular ao lado da cama e está de prontidão para responder com profissionalismo os casos de violência doméstica, independente do horário que ocorra. Vilma sabe que o atraso do atendimento, especialmente dos serviços de segurança, pode expor a mulher à morte.
“O meu objetivo é não deixar nenhuma mulher sem resposta e os homens com a certeza de que serão punidos. Por isso, mulheres, peço que ensinem aos seus filhos o respeito. Coloquem os meninos desce cedo a varrer a casa, lavar a louça, ajudar nas demandas domésticas. Vamos criar homens melhores para o mundo”, ressalta.