Data de publicação: 26/11/2012

Um basta à violência

Depois de uma história de injustiça e abuso, o Brasil e o mundo se erguem para dar um basta aos casos de violência...

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Um basta à violência
Depois de uma história de injustiça e abuso, o Brasil e o mundo se erguem para dar um basta aos casos de violência contra a mulher. Por essa razão, o dia 25 de novembro é dedicado à reflexão sobre a maneira bruta e preconceituosa com que ainda muitas mulheres são tratadas. Há avanços, é verdade. Como a Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha e os Conselhos Estaduais e Municipais de Direitos da Mulher. Mas, efetivamente, os crimes praticados contra a mulher ainda estão presentes e, quase sempre, acontecem dentro de casa, no ambiente familiar. De acordo com o delegado de Brusque, Alonso Moro Torres, o ano de 2012 deve encerrar com cerca de 600 inquéritos da Lei Maria da Penha concluídos. Nesse momento, mais de 200 continuam em andamento. “Mantemos um atendimento específico para esse tipo de agressão. Temos mulheres na equipe e, inclusive, uma psicóloga. Nossa filosofia de trabalho está voltada para atender vítimas que estão em desvantagem física frente ao seu agressor e, além de lesões corporais, isso também traz prejuízos de autoestima para a mulher”, explica. Segundo o delegado, mecanismos como a Lei Maria da Penha e a própria Delegacia da Mulher, que em Brusque funciona desde 2010, equilibram as diferenças físicas pois, apesar de ser mais forte, o homem precisa ter a consciência de que será responsabilizado por seus atos de violência, seja física, patrimonial ou psicológica. “Então, a Lei e a Delegacia da Mulher são avanços sociais e, só por estabelecer essa relação de igualdade já são importantes”, acrescenta. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), reconhece a necessidade de reflexão no Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher. Por isso, durante essa semana, está distribuindo materiais explicativos em sua sede, que apenas endossam o discurso que já se tornou tradição em todos os eventos realizados ao longo do ano. “O que temos acompanhado são que os números de violência doméstica só têm aumentado e, nem sempre, há a estrutura adequada para acolher essa mulher. Devemos estar atentos e cobrar do Estado o funcionamento da Lei Maria da Penha, inclusive com a construção de Casas Abrigo e Centros de Referência”, destaca a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.